A UESC EM CLIMA DE GREVE E TODOS DE OLHOS BEM ABERTOS PARA O GOVERNO BAIANO

Nessa quinta-feira, 4 de abril, a ADUSC - Sindicato dos professores da Universidade Estadual de Santa Cruz, se reuniram em assembléia geral para decidirem sobre a greve que traz em si pautas extremamente necessárias para a classe. Houve uma votação, sendo alguns a favor da grave e outros do estado de greve, prorrogando esse jogo até a próxima quarta-feira, 10 de abril. A classe de professores universitários, sendo representada pelo sindicato - ADUSC, estará em audiência com o governador na segunda-feira, 8 de abril. Esperam retornar com resultados positivos, mas não parece ser o que acontecerá. 

O governador tem dado pouca relevância às questões da educação superior no estado, permitindo assim, um sucateamento das universidades públicas estaduais. O nordeste deveria estar dando uma lição no atual governo nacional, o qual tem como pauta a desestruturação da educação superior e privatização da mesma. Negando direitos que a pouco tempo se tornaram efetivos, mesmo já existindo uma constituição que garantia isso, a educação superior e pública não era para pobre, principalmente se fosse preto ou indígena. 

É um pouco difícil de entender, mas parece que o governador Ruy Costa é um braço da política de extrema direita de Jair Bolsonaro, pois está fortalecendo ideais de cerceamento de direitos em suas ações, uma delas é permitir este desmonte estrutural das instituições de ensino superior. As universidades da Bahia, deveriam se tornar o exemplo para o Brasil, porque somos um polo de resistência cultural.

Ruy Costa fez uma grande aquisição para o seu governo, a atual reitora da UESC, Adélia Pinheiro. Ela é um referencial em sua postura e dedicação à educação e os avanços científicos e tecnológicos, mas a pergunta que paira no ar é: O governador dará autonomia e suporte financeiro para que ela trabalhe de maneira efetiva e não desgaste sua imagem? 

É preciso que a vaidade dos votos de mais de 80% dos baianos no governador Ruy Costa, não o façam se cegar para questões extremamente sérias e que podem marcar a sua gestão como uma das melhores do Brasil, mas para isso é preciso voltar, retomar princípios básicos da política de base do PT e não ficar tentando barganhar ninharias com um bando de alienados, que não partem para o enfrentamento, por entender que o PT é maior que qualquer verdade, todos sabemos que não é assim.

Evitar essa greve no estado da Bahia, não lhe renderá um caixa, mas em contrapartida poderá começar a desenhar uma imagem digna de um verdadeiro governante, aquele que tem consciência que representa um povo e fará de tudo para que este povo seja uma nata de intelectuais que regerá o Brasil com o melhor da educação, ciência e tecnologia. Em dias sombrios, a Bahia se erguerá como a verdadeira pátria mãe dessa nação, por onde entrou a dor da colonização, também entrará a revolução da unificação desse diverso povo varonil, da amada e incompreendida Brasil.